SEM PERSPECTIVAS

Sem tempo,

Sem teto,

Sem nada,

Sem lenço,

Sem documento,

Andando pela calçada

Somos partículas de pó

Sobrevoando a invernada

De outros tempos passantes,

Após uma tempestade de sonhos

Em que tudo parecia nada

Fazendo piruetas no ar.

Em cada olhar passante

Descobrem-se outros horizontes

Meio a tudo isso

Ficamos no prejuízo mais uma vez,

Sem lenço,

Sem documento.

Sem perspectiva de um mundo melhor,

Apenas vendo o trem passar,

Depois de um dia de sol quente.

Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 11/11/2013
Reeditado em 23/02/2015
Código do texto: T4565994
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