Vão
Hoje tudo desaba, sob mim há um vão!
E mais nada conforta este meu coração
E fui eu, me deixei iludir outra vez,
Fui eu que de novo entreguei-me à paixão
Acabei confundindo tudo que senti
E assim retomei, sem notar, a lição
Já havia aprendido uma, duas, não sei
Quantas vezes ainda cairei eu no chão
Eu me isolo em silêncio, quero refletir...
Há alguém que não deixa e me chama com a mão
Cá estou eu novamente indo me confundir
Deixo o mundo real e adentro a ilusão
A esperança, esta brasa insistente, que em si
Não encontra um motivo nem para morrer
Em seu último alento ‘inda faz-me sofrer
Faz-me também sorrir quando penso em ti
Hoje tudo desaba, há um vão sobre mim!
Um enorme vazio me toma todo instante
A outro ela disse o derradeiro “sim”
Desde então este meu sofrimento é constante.