ANGÚSTIA


Nessa minha angústia vã,
Vil algoz que me maltrata,
Deliro em ardente febre terçã,
Que inexorável me arrasa...

Lágrimas mornas, sentidas,
Vêm molhar o meu rosto,
Nas longas noites, sofridas,
Custa-me esquecer o teu gosto...

Sou um vulcão adormecido,
Esperando pelo teu amor,
Quisera eu, tê-lo esquecido,
Salvando meu coração do dissabor...

Fiquei arrasada, à beira da loucura,
E a saudade não me deixa em paz,
Preciso logo encontrar minha cura,
Mas sobreviver sem o teu amor, jamais!