Apesar...dos tempos!

Perdida em meus sonhos procuro desvendar

A minha alma...

escuto as notas de um piano... Procuro ouvir o som

Do vento... Quem sabe num harmonioso encantamento...

Nada escuto... Uma sombra de dor diz-me quem sou...

O que fui... Quem serei....

numa distância infinita deixei habitar o mal

Gargalhadas que vem com a brisa... rasgam minha sensível essência...

São tão estranhos os tempos...

Muitas vidas, anel alucinante, caminho prolixo...

Nebulosos meus olhos... Não mais vislumbram horizontes...

Entre minha alma e o amor existe um estigma de punhal

um olhar sem rumo... Uma dor… ferida que arde muda...

E ainda sangra

Apesar... Dos tempos!