Dor Contida
E eu me calei com minha dor quando precisava gritar
Meu corpo padeceu com minha alma ferida
Eu quis me afogar nas lágrimas que não conseguia derramar
Eu novamente estava sozinha e ninguém podia me resgatar
Eu estiquei os braços tentando alcançar sua mão e você me empurrou
Eu procurei respirar mas não tinha mais ar
O oxigênio que precisava estava em seus lábios
Tudo que é dito repetida vezes perde o sentido
Ninguém ama tanto quanto fala, nem odeia tanto quanto quer
E quem diz te respeitar para se aproximar do tesouro que guarda
Percebe-se é oportunista e não mede a dor que irá causar.
Vou sair do poço, vou olhar as estrelas
E lançar aos céus meu coração,pois aqui é planeta onde não há vida.
A terra secou, o vento se calou e as flores caíram.