VOZ INCÔMODA

VOZ INCÔMODA

Quando eu soltar a minha voz, Vou abalar o seu coração.

Porque eu sei traduzir a dor que sinto Na mais pura e bela emoção.

Sou uma menina crescida Que muito amargou para aprender

Que contos de fadas não existem E que o ‘para sempre’ nunca virá a acontecer.

Ao som dos acordes do meu violão Farei sua cabeça refletir

Sobre tudo o que vivestes E sobre o que mais está por vir.

Não quero uma emoção ingrata Nem mesmo algo que iluda

Canto a verdade com sinceridade E se assim não for, prefiro fazer-me muda.

Toda a dor do mundo eu senti, Cada desilusão eu chorei

Mas lágrimas não trazem soluções, Então ergui-me e continuei.

Na vida, às vezes fazemos escolhas, Das quais nos arrependeremos depois,

Mas nada como um dia após o outro... Meu coração hoje está partido em dois.

Encontro-me em cima de um muro, Meio perdida, sem saber o que fazer...

Mas não vou entrar em desespero... Só o que eu quero é viver!

Compor, rimar, escrever, cantar, Transformar tudo o que sinto em prosa e verso,

E dessa forma posso me sentir nos Campos Elísios Mesmo que esteja nos portões do inferno.

E se você não compreende essa minha arte, Por favor, não critique nem ignore...

Porque só mesmo me calarei Quando tão fria me aparecer a morte.

E ainda assim, mesmo depois da carne vencida, Meus versos continuarão ecoando,

Serei eterna e a minha alma Ainda vai continuar te incomodando...

Milene Gomes
Enviado por Milene Gomes em 30/09/2013
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