VOZ INCÔMODA
VOZ INCÔMODA
Quando eu soltar a minha voz, Vou abalar o seu coração.
Porque eu sei traduzir a dor que sinto Na mais pura e bela emoção.
Sou uma menina crescida Que muito amargou para aprender
Que contos de fadas não existem E que o ‘para sempre’ nunca virá a acontecer.
Ao som dos acordes do meu violão Farei sua cabeça refletir
Sobre tudo o que vivestes E sobre o que mais está por vir.
Não quero uma emoção ingrata Nem mesmo algo que iluda
Canto a verdade com sinceridade E se assim não for, prefiro fazer-me muda.
Toda a dor do mundo eu senti, Cada desilusão eu chorei
Mas lágrimas não trazem soluções, Então ergui-me e continuei.
Na vida, às vezes fazemos escolhas, Das quais nos arrependeremos depois,
Mas nada como um dia após o outro... Meu coração hoje está partido em dois.
Encontro-me em cima de um muro, Meio perdida, sem saber o que fazer...
Mas não vou entrar em desespero... Só o que eu quero é viver!
Compor, rimar, escrever, cantar, Transformar tudo o que sinto em prosa e verso,
E dessa forma posso me sentir nos Campos Elísios Mesmo que esteja nos portões do inferno.
E se você não compreende essa minha arte, Por favor, não critique nem ignore...
Porque só mesmo me calarei Quando tão fria me aparecer a morte.
E ainda assim, mesmo depois da carne vencida, Meus versos continuarão ecoando,
Serei eterna e a minha alma Ainda vai continuar te incomodando...