Madrugada fria

No balanço suave da rede penso no quanto

suspiro a cada minuto.

Meu corpo frio pelo tempo, esfria

a minha alma.

Se existe alma, a minha petrificou !

Procuro a lógica, a coerência, a sensatez e

já não encontro.

Existe um "medo" pairando no ar, e isso é o que mais

me atormenta.

A rede me tira do chão, o do alto vejo o cristal

quebrado por um vulcão.

Mas a rede é minha amiga e única companheira

desta noite. É nela que devo me apegar, é o

acalanto que tenho no momento...

E é nela que devo continuar sem colocar os pés no chão.

Pois se eu colocar os pés no chão, não sei qual a direção

seguir, nem mais o que pensar.

Lucinda Frota Alves

Lucinda Frota
Enviado por Lucinda Frota em 14/09/2013
Código do texto: T4481058
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.