Celeste
Aperta meus trapos de mãos densas
Repuxa e entorta a fratura deste sossegar
Chorando, o horizonte assola o eco em tom menor
e te olho suspirando pelo celeste gotejar
Escorre por teus pés as tranças desse derrame
Costuro com cipó as trouxas do abandono
Agulho certa e nada rasa e latente é tua carne
Pulsa intermitente pela ferida derradeira
É viva, dói e clama pelo despertar da chama
do Sol que é mito e transforma em grito onde jaz amor.