RECLUSO
RECLUSO
Sonhava com o mundo
Em dar a volta
Como um vagabundo
Sem casa, sem escolta
Vivia nas nuvens
Colhendo tempestades
Sempre na mesma cidade
Num cinza de nuvens
Queria voar
Sumir no horizonte
Alar, alar
Por trás dos montes
Mas grudava naquele chão
Dali não saía, não arredava
Maldito coração
Que não se desarredava
Morreria ali
Voltaria ao barro
Sem cruzar oceanos
Coberto pelos mesmos panos
E assim dormiu
Não mais acordou
Sonho de viagem só de ida
Para uma outra vida