Desilusões
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Estou vendendo desilusões...
Alguém, por acaso,
compraria um amor,
novinho em folha, virgem,
que foi jogado no lixo?
Quanta insanidade!
Se joguei na lata do lixo;
ou no cesto, ou embaixo da pia...
Não me pertence mais!
Reciclar, talvez, eu possa!
Estou reciclando desilusões...
Alguém, por caridade,
sabe onde fica o galpão do Mané?
Aquele homem, gordo, pança larga...
Ele compra bugigangas, não compra?
Maldade, desumanidade...
Não me querem falar onde fica!
Tentarei esconder essa tralha,
pois a rejeição me envergonha.
Juntarei os pedaços.
Crato-CE, 4 de Setembro de 2013.
15h09min
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