O BAR, MEU LAR

A lua brincava

de esconde-esconde

com as nuvens lá no céu.

Eu, pela rua passeava,

num velho bonde,

procurando a lua lá no céu.

Maltrapilho filho

de um estivador,

sou boêmio e cantor,

conhecido e querido,

da madrugada paulista.

Sou um pobre artista!

Meus lugares os bares,

onde fico a cantar.

Cantar pra esquecer!

Hei, Juliana!

Morro toda semana!

Amor morte lenta,

a saudade aumenta!

Hei, Juliana!

Meu itinerário, meu horário,

o bar, meu único lar!

Noite, vento e orvalho,

violão, bebida e o bar!

Botucatu, 19/09/1991

Publicado no Recanto das Letras em 01/09/2013

Nelson M Teixeira ou Nelmite
Enviado por Nelson M Teixeira ou Nelmite em 01/09/2013
Reeditado em 27/11/2014
Código do texto: T4461516
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.