MINHA ALMA

Minha alma é uma casinha caiada

Oculta das vistas pelo mato alto

Clamando por uma nova pintura

Esquecida à beira de uma estrada

Embora hoje triste e abandonada

Minha alma já teve planos, calor

Foi amparo, abrigo e refúgio,

Cultivou vidas, foi cuidada

Nela ouviam-se cantorias,

Sonhos foram embalados

Juras de amor foram feitas

No ardor das madrugadas

Ela foi ninho de uma paixão

Hoje só a luz da lua nela mora

E pelas suas telhas quebradas

Desenha mosaicos no chão!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 11/04/2007
Reeditado em 09/09/2020
Código do texto: T445800
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