MINHA ALMA
Minha alma é uma casinha caiada
Oculta das vistas pelo mato alto
Clamando por uma nova pintura
Esquecida à beira de uma estrada
Embora hoje triste e abandonada
Minha alma já teve planos, calor
Foi amparo, abrigo e refúgio,
Cultivou vidas, foi cuidada
Nela ouviam-se cantorias,
Sonhos foram embalados
Juras de amor foram feitas
No ardor das madrugadas
Ela foi ninho de uma paixão
Hoje só a luz da lua nela mora
E pelas suas telhas quebradas
Desenha mosaicos no chão!