BRUMAS, RICTOS, CHOROS OUTRA VEZ
j.Torquato
BRUMAS
De chuva, ar molhado, olhos encantados.
Brilha a íris substituindo o escondido sol.
Olha-me a pedir socorro por não poder sorrir,
No ar molhado, molhado teu rosto de suas e minhas lágrimas.
Que triste um ser humano não poder sorrir!!!
UM RICTO
De dor se espalha pelo teu semblante
Não é sempre que se poder correr e cantar
Espantada, pões a mão na dor,
Olha-me pedindo socorro por não me acarinhar
Que triste um ser humano não poder cantar!!!!
UM CHORO
Infantil se espalha pelo ar,
Criança chocada com a dor dos adultos se põe a chorar,
Não é sempre que os adultos não podem dançar e brincar,
Olhas para o bêbê e para o gato, ambos choram,
Que triste um ser humano não poder brincar!!!!
OUTRA VEZ
Mil anos depois, nossos cabelos brancos,
Não escondem nossas rugas de batalhas perdidas,
A vida é uma guerra com final previsível
Morre-se ao nascer lentamente, e juntos vamos nos separar na morte.
Que triste um ser humano ser sozinho sempre!!!!!