o brasão em minha face, o apelo em meus olhos...

O amor que eu sentia

era meio que um

brasão

Desenhado em minha

face, qualquer um

podia vê-lo

A saudade que eu

sentia era vista pelo

apelo

Que meus olhos

faziam olhando para

o chão

Até que um dia a

incerteza de uma

reciprocidade

Estampada em minha

boca aflita mordendo

os lábios

Confundindo

pensamentos, hora

loucos, hora sábios

Me fez ter um

ataque de curiosidade

Passei então a exigir

uma recíproca

verdadeira

Que até hoje apenas

sei que acabou e eu

não soube

Tanta exigência

entre nós, não coube

E o que eu tinha de

agradável para dá-la

ficou podre

Já não serve, já não

tem valia alguma

Para ela, para mim

rezo que suma

Pois o brasão em

minha face, todos

ainda podem vê-lo

E a dor de ter errado,

os olhos mostram

com o apelo

Todavia, aprendi bem

a lição

Embora fora preciso

muito tempo pra

entender

Que se você duvida

dos sentimentos de

alguém

Este alguém duvidará

dos sentimentos que

há em você

Do contrário, o

porquê da aflição?