Ecos
Ecos de ontem (...)
As palavras jogadas ao ar
Os momentos que deveriam ter se perdido
Mas porque, porque ele insiste em retornar
Porque, porque ele volta, permanece, machuca
Machucar, esconder-se da dor, egoísmo, ego? Talvez.
Como encontrar o caminho de volta...
Como caminhar sem deixar rastros...
Como... como... como...
Ao voltar, tudo estará mudado
O tempo não para, o mundo ainda gira
Dói, dói, dói, dói ter que ir, dói ficar
O que escolher? Se no final, você sairá ferido.
Ecos de hoje (...)
Cicatriz, cicatriz, seu abraço corta, seu abraço cicatriza
Seu sorriso perfura, seu sorriso fecha feridas
Seu jeito encanta, seu jeito destrói, seu jeito, seu jeito, seu
O perdão não mais é suficiente
Lembranças, displicente.
Conivente, cúmplices de um sonho
O serpentear de espelhos despedaçados
Não há reflexo.
Lágrimas secas remoem seu interior desconhecido...
Lágrimas secas queimam o de mais belo...
Lágrimas secas limpam sua angústia...
Ecos de amanhã (...)
Mas ainda, só ecos.