Maldita dor.
Que agonia é essa que inflama meu peito
Acumulando lágrimas salgadas a beira dos olhos?
O que se passa no vazio profundo
De meu mundo, e não me deixa respirar?
É como um clímax, um êxtase malicioso,
Emoções opostas que não saem para voar,
Um caminho fúnebre para chegar-se ao mesmo lugar,
Mergulhando de cabeça em busca da falta de ar.
E nessa agonia do ultimo suspiro, você fica sem riso,
Trazendo a escuridão à deriva,
Como em um circo dos horrores, seus pesadelos
E dores lhe fazem delirar,
Em minha utopia real me enxergo mal,
Longe do que estou a vislumbrar.
Meu corpo apenas abriga com intensa briga,
Uma alma inquieta que sofre com o amar.