Nação inflamada

Concepção deserta, cabeça vazia

Faltam grãos e sobra empurrão

Alta dosagem na desordem

Provocando ebriedade na harmonia

Há regresso no progresso

Devastação da flora, territorial a fora

Fogo se alastrando no povoado

Fumaça na flâmula de um país atrasado

Viver é resistir numa Nação inflamada

Ficamos feridos, ávidos e desamparados

O efeito corrupção em erupção, está derramado

Na história secular de um Estado ainda amado

A ciência está diminuída na consistência

Insalubres pensamentos assim fraudam

Torpe, vago, nojo, descaso, e a tortura desaponta

Onde aos poucos, o patriotismo se desmonta

Pra quê tantos tontos níveis superiores?

Quem abandona livro, não se digna vivo

Pois perde hemácias, leucócitos, plaquetas

E a cultura pode torna-se nefasta longe da caneta

Plunct, Plact, Zum

E nós já deveríamos,

Ter viajados pra residir em Marte

Antes que a impune violência,

Todos os dias nos mate

Diariamente somos menos um

Nada de novo deverá acontecer,

Pois é a injustiça que nos persegue e ainda é cega

Nesses democratas, nem tanto devemos crer

Ou trigo ou abrigo

Ou fico vivo com alimentos na barriga

Ou faleço, fraco, e sem um teto

Só quero a massa do pão

Vitrine ilude e atrapalha

Casca é migalha

Distante, uma Pátria tem um Papa rico e pop

Mas o Padre pop nosso tem no mapa, pop pobre

E em nosso Parlamento, há afronta e desacato

Onde são consumidas cédulas verdes até no prato

George Lemos
Enviado por George Lemos em 15/08/2013
Reeditado em 06/11/2014
Código do texto: T4434970
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