Nação inflamada
Concepção deserta, cabeça vazia
Faltam grãos e sobra empurrão
Alta dosagem na desordem
Provocando ebriedade na harmonia
Há regresso no progresso
Devastação da flora, territorial a fora
Fogo se alastrando no povoado
Fumaça na flâmula de um país atrasado
Viver é resistir numa Nação inflamada
Ficamos feridos, ávidos e desamparados
O efeito corrupção em erupção, está derramado
Na história secular de um Estado ainda amado
A ciência está diminuída na consistência
Insalubres pensamentos assim fraudam
Torpe, vago, nojo, descaso, e a tortura desaponta
Onde aos poucos, o patriotismo se desmonta
Pra quê tantos tontos níveis superiores?
Quem abandona livro, não se digna vivo
Pois perde hemácias, leucócitos, plaquetas
E a cultura pode torna-se nefasta longe da caneta
Plunct, Plact, Zum
E nós já deveríamos,
Ter viajados pra residir em Marte
Antes que a impune violência,
Todos os dias nos mate
Diariamente somos menos um
Nada de novo deverá acontecer,
Pois é a injustiça que nos persegue e ainda é cega
Nesses democratas, nem tanto devemos crer
Ou trigo ou abrigo
Ou fico vivo com alimentos na barriga
Ou faleço, fraco, e sem um teto
Só quero a massa do pão
Vitrine ilude e atrapalha
Casca é migalha
Distante, uma Pátria tem um Papa rico e pop
Mas o Padre pop nosso tem no mapa, pop pobre
E em nosso Parlamento, há afronta e desacato
Onde são consumidas cédulas verdes até no prato