SEM PORTO
Navega meu barco à deriva
Tragado pela maré de tormenta
Sem remos, sem rumo e sem vela
Singra as águas turbulentas da desilusão
Já não há corrente que leve ao horizonte
Nem esperanças flamejando ao vento
Não há porto seguro onde possa atracar
O futuro distante já se fez temporão
Como um velho capitão do mar
Meus olhos marejam sobre o tombadilho
Ao verem os sonhos bruscamente encalharem
No banco de areia da solidão