Abandono

Vai pensamento no nada, ousa

encontrar alguém em alguma parada.

É um calor, um frio, um arrepio.

É o sangue que percorre esquenta e para.

Um nó na garganta de quem canta.

Quem escreve, apenas escreve frio e Solitário,

avança a alma e eleva, a onde e que ponto chegaste.

A cada conto, um ponto. Sapo de dia, rei de noite.

Já vivi em outros mundos dos quais, uns não

queria voltar e outros fiz questão de retornar.

O sinal dá condição de atenção, amarelo sorriso.

Rubro apenas a face, que mero disfarce.

Estático, nada impede a passagem,

a mão covarde a maçaneta não abre.

Há uma lacuna depois da porta ou

um precipício aqui dentro.

Cruel realidade é findo o presente.

O que resta, eu e a consciência.

Yone Zero
Enviado por Yone Zero em 12/08/2013
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