FLERTANDO COM A DESILUSÃO

Me vi no meio do nada,

vagando sem qualquer destino.

Voz na garganta, entalada,

sinto minh'alma cansada,

perdida, tal qual um menino.

Me vi numa estrada vazia,

o sol, na cabeça, escaldante.

Sozinho, sem ter companhia,

no peito, saudade vadia,

que teima em doer, todo instante.

Me vi, pela noite, com frio,

a lua, de mim, se escondeu.

O vento me traz o assovio,

no corpo, um tremor, arrepio,

novo dia que nasceu.

Me vi, novamente, seguindo

em busca do meu coração.

Por toda a vida fugindo,

pra mim e pra todos mentindo,

flertando com a desilusão.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 27/07/2013
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