A FLORESTA DE PEDRA
Ele era mais um pobre sonhador
Cansado de tanta luta e muitas derrotas.
O sol vinha quente e abrasador
Daquele que arde a pele e tosta.
Juntou seus trapos e fez uma trouxa
E com mulher e sete filhos saiu pela estrada.
De tanta fraqueza, a voz saia rouca:
"_Anda muié, sinão a genti vira brasa..."
Um caminhoneiro de bom coração
Deu-lhes uma carona até São Paulo;
E enfim, chegaram ao "Paraíso"...
Mas logo viram a face da ilusão
E esfomeados como bicho do mato,
Tão logo e de fato, viraram mendigos.
MARIO ALVIM