A FLORESTA DE PEDRA

Ele era mais um pobre sonhador

Cansado de tanta luta e muitas derrotas.

O sol vinha quente e abrasador

Daquele que arde a pele e tosta.

Juntou seus trapos e fez uma trouxa

E com mulher e sete filhos saiu pela estrada.

De tanta fraqueza, a voz saia rouca:

"_Anda muié, sinão a genti vira brasa..."

Um caminhoneiro de bom coração

Deu-lhes uma carona até São Paulo;

E enfim, chegaram ao "Paraíso"...

Mas logo viram a face da ilusão

E esfomeados como bicho do mato,

Tão logo e de fato, viraram mendigos.

MARIO ALVIM

Poeta imaginário
Enviado por Poeta imaginário em 20/07/2013
Reeditado em 08/11/2017
Código do texto: T4396041
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