A beira do abismo
Em um mundo em que nada mais tem valor,
Onde o pensar deu lugar pro agir,
Onde ninguém mais sabe o que é amor,
Fica em nos a incerteza do por vir.
Caminhamos a passos largos pro abismo,
Olhando somente para a frente,
Sendo donos de um cinismo,
Que aos poucos esta matando a gente.
A morte é eminente para a humanidade,
Que aos poucos escreve sua própria cina,
Sem se dar conta que na verdade,
Somos nós que estamos cravando a faca assassina.
Matamos e enganamos sem rodeio,
Roubamos e destruímos sem pedir,
Sem se preocuparmos com o receio,
Do que na verdade estamos a destruir.
O trem da vida trafega sem trilhos,
Numa preocupação cega que acaba em um segundo,
De que mundo deixaremos para nossos filhos,
Sem saber que filho estamos deixando pro mundo.