BUSCANDO RESPOSTAS
Procuro achar no imo das minhas entranhas
Respostas para os silêncios e lamentos vazios
Mas as sombras negras se revoltam estranhas
Ficando aprisionadas em murmúrios sombrios.
Ficam os gritos silenciosos presos nas ilusões
Com algemas e grilhetas de elos sem prumo
Arrastando correntes de antigas paixões
Vogando à deriva por desejos sem rumo.
Sepultei frustrações nos ventos poentes
Carreguei as saudades nos sonhos adormecidos
Meus fantasmas vagueiam em gritos ausentes
Nas madrugadas insones de vultos perdidos.
Vagabundos passados... esses... de almas caridosas...
Juraram amor eterno à 'menina de sonhos carentes'
Que só queria a felicidade das pétalas de rosas
E recebeu mordaças, repressão e ameaças estridentes.
Tento achar respostas, mas são gélidas... frias.
A Vida Madrasta matou seus filhos à nascença
E a filha do nada ficou de esperanças vazias
Esculpindo sonhos nas lágrimas da descrença...
Choro pela vida que me foi negada neste destino incerto.
Choro pela felicidade desejada e nunca conseguida.
Choro pelas farpas atiradas, caídas num longo deserto.
Choro-me pelas traiçoeiras respostas dadas pela Vida!
By@ Anna D’Castro