Alma corrompida
Oh sim, minha alma está corrompida.
Cheia de buracos e falhas sombrias
Ela está tão triste que não tem força para chorar
Sem chão dentro de um próprio corpo
Assim minha alma está.
Seca e sem forma, declina para um buraco.
Uma canção de depressão é consumida em instantes
Um brinde a minha existência de um corpo apodrecido.
Eu procuro um canto onde caiba minha tristeza
Uma certa vez um abraço me acolheu
Era tão quente quanto invisível
Um abraço de um anjo que morreu.
Desde então minha alma se foi junto
Fico a vagar com olhos banidos
Que dão visão a um lindo nada dentro de mim.
Às vezes esboço um sorriso triste
Que nada mais é do que uma lágrima seca, disfarçada.
Uma certa um abraço me acolheu
Antes de eu arrancar as suas asas
E a enterrar dentro de meu peito
Que se desfaz junto com suas lembranças.