INCOMPREENSÍVEL AQUILO QUE SINTO
Incompreensível aquilo que sinto
Cuja brevidade se dissolve no eterno
E sempre sozinho, tal peito terno
Vítima é do que tenta meu extinto
Lágrimas correm em minh'alma chateada
Como um riacho que da dor é evidente
Lutara tanto por um amor prudente
Mas, na recebera - pobre visão desencantada
Tanto na ilusão pude investir
Sendo atingida pelo querer da pureza
E do anseio de levar-me da tristeza
Para que logo um semblante pudesse intervir
Embora, hoje já na sei que não é mais possível
Lanço-me a descrença dos tristes mares
Não anseando pelo amor ou novos ares
Mas, um abandono jamais reversível.