A SOMBRA DA LUA

Foste a primeira...luzidia!

E ainda sob a luz do sol fez-se notar.

Cristalina, Estrela surgida nos céus,

Refletida pra sempre no meu olhar!

Emanas fascínio, amor...doces venturas.

Inspiras ao coração poesias pra te alcançar.

À noite amei-te... amamo-nos distantes.

Valsamos em prosas e em versos...

Profanas vontades e volúpias delirantes!

Afrontamos os deuses, invejosos, a nos saciar.

Fiz-te Rainha, Senhora de minhas noites e poesias.

Tornou-me Rei, despertou-me Menestrel, louco,

E em versos fizemos amor num intenso bailar!

Agora vazio... vadio, na solidão vâ dos bares vago

Espreitando sua luz fugidia, nas águas azuis, refletida

Como tu, nas cristalinas águas de Iracema a se banhar.

Qual minha poesia, tua luz à sombra da lua, clara e nua,

Não mais reascende nas águas, pedras e cristais...

Castigo dos deuses... désdem atroz!

À noite, a lua radiante saiu pra dançar.

A fúria dos deuses abduziu-me tua luz estelar.

Teu Menestrel louco é ébrio sonhador...

Feito bêbado pôs-se a poetizar... ressaca

Em tempos das águas... revoltas marés,

Vigila à noite, esperando sóbrio te namorar.

Vê teu brilho entre pedras do fundo do mar.

TEU MENESTREL
Enviado por TEU MENESTREL em 30/06/2013
Reeditado em 23/02/2015
Código do texto: T4365189
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