Teus braços
Ouvi de um poeta
Que sobra muito espaço
Dentro de um abraço
E que nos braços teus
Eu tentaria ser feliz
Pra crescer, me tornar um anjo
Órfão de sabedorias
Já não me protegia
E caí no vazio, como caía da cama, vazia...
De repente, meu coração saltava
Queria fazer parte de ti
Já não era mais meu
E eu nem percebi
E o anjo que perde as asas
Ficava agora em casa
Lembrando do que passou
Esquecendo do que faltou
Crianças correm sob o sol
E eu, na janela
Alço voo quando você passa
Num devaneio vadio, pela calçada
E quando dou por mim outra vez
Estou em teus braços, sorrindo
O teu coração me mantém calado
Desculpe, poeta, você estava errado