O que seria
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Que amor, afinal, seria esse...
Ele varia dentro, por fora nos oscila;
alternando-se entre a atenção desmedida
e o desprezo, sem medida, do porão.
Que sentimento é esse...
Que me torna refém do sofrimento;
e que, entre uma lágrima e outra,
revela-se luz no céu de anil-turquesa?
Que sentido há nessa busca...
A luz que brilha latente me ofusca;
secando a lágrima que me banha
o rosto ressequido pela ilusão do amor.
Que devo falar sobre a insanidade...
Louco é quem sonha – somos loucos;
Meu sonho, entretanto, ele está...
No telhado descoberto das estrelas cadentes.
Que dizer ao meu coração...
As centelhas do impacto foram levianas;
as farpas e os estilhaços, perto de mim,
removeram minha consciência imortal.
Do amor, restaram as lágrimas.
O sentimento amargura-me, em razão da ausência...
E da vida o sentido feneceu...
Ah, mas a loucura, essa farsante!
Invadiu-me o coração, tirando-me o bom senso...
Novas lágrimas, pesadas demais.
Crato-CE, 17 de junho de 2013.
14h26min
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