Palavras

Aquelas palavras a ti dadas agora dormitam solenes em folhas amareladas. Frias, calaram-se a olhos que ainda se detém em tintas borradas por dedos, suor ... ou no papel tingido pelo tempo, transfigurado em tão estranha aquarela. Antes versos insones, aos poucos quedaram-se deixando os que ficavam ,assim, tão dispersos.

E aquelas rimas se tornaram tão absurdas em combinações de palavras mudas, que repousam no passar e esquecer dos anos. Traços ressignificados pelas traças, mas antes insignificados pelos tempo que não mais significa do que apenas evanescer.

Reticente com pausas absolutas insiste em terminar suas mensagens com reticências.

Mas, agora, elas nada mais parecem do que apenas três pontinhos finais ...

Ivo Jeremias
Enviado por Ivo Jeremias em 13/06/2013
Reeditado em 22/07/2013
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