Efémero

Quantas vezes falei com as pedras escuras

Do caminho, que se crispavam umas nas outras

Quando rebolavam por debaixo dos meus pés,

Pelo chão incerto onde eu próprio pisava?

Quantas vezes falei com o mar

Para que ele pudesse me oferecer o horizonte

Que vejo, o sol que lhe contempla,

As estrelas que o tornam mágico?

Mas, de que serve sonhar na vida

Se os sonhos se desfazem assim como

As ondas do mar batem nas rochas

Ou acabam por falecer nas baías?

São rios de água que me fogem

Por entre os dedos, são bolas de sabão

Que se desfazem pelo ar, mas são a

Vida de um tão breve e eterno momento!

Diogo Camacho
Enviado por Diogo Camacho em 12/06/2013
Reeditado em 20/09/2016
Código do texto: T4337764
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