INSALUBRES LEMBRANÇAS.
Lembranças!
Por que me vens molestar,
Não deixas meu coração sossegar,
Vens de contínuo bater-me a porta,
Trazendo experiências já mortas,
Vives a me importunar!
Lembranças!
Deixa-me o ser frágil e abatido,
E o meu coração dolorido,
Fere-me como um punhal afiado,
Dentro de meu peito cravado,
Por amor incompreendido!
Lembranças!
Acalenta-se em meu interior,
Que abala-se perante uma dor,
Aparentemente incurável,
Sinto-me em lamurias inquieto,
Tens sido o meu desafeto,
Como um monstro incontrolável!
Lembranças!
De minha juventude mal vivida,
Que ficou no tempo perdida,
De tão insalubres memórias,
Tens me sido lampejos de amargura,
Com essa incessante tortura,
Registro de minha história!
Lembranças!
Espero que um dia eu seja capaz,
Livrar-me dessa dor pertinaz,
Que me tem afligido a alma,
E poder sorrir sem mágoa e dor,
Implantando em teu lugar o amor,
Gozando descanso e calma!
Cosme B Araujo.
31/05/2013