Acontece...
Arrefeço de solidão...
mas, procuro sabotar sempre,
não entrego os pontos.
Faço café,
como pão,
vejo televisão,
ouço o rádio
ou deito na cama.
É difícil seguir, fácil
sem querer sofrer, sofrendo
no interior de um castelo
construído de ilusões.
Estou levando-me na contramão,
esse sonho não é o sonhado.
Pelos os olhos vejo o nada,
no coração nem sinto o tempo.
Estou corroído,
com os pés descalços,
sozinho no corredor da casa.
O nada me pertence,
século XXI,
é incrível,
mas o desamor,
acontece...