Pingos Bravos

De olhos fechados

Lábios grudados

Cabelos presos ao chão.

Boca devassa,

Mãos atrevidas

Correndo quase sem respiração.

O cheiro é seu guia.

A lua seus olhos.

Os gritos vindos de longe é a razão do seu caminhar.

Mas não anda rápido

Esconde-se ao longe.

Toma cuidado para não ser visto.

Não pisa apressado,

Pois sabe a hora exata de chegar e também a de partir.

Perguntas ecoam a sua cabeça

Quem quer saber?

O que vai buscar?

O que precisa fazer aqui?

Para de olhar para o espelho!

Grita o reflexo que a encara.

Eu sempre estive aqui!

Eu nunca fui embora!

Eu sou o camaleão dos seus pesadelos.

Ela é a outra.

Aquela que você pensou ter partido.

O reflexo que você pensou jamais existir.

C Vaiolet
Enviado por C Vaiolet em 17/05/2013
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