JUNTO AOS RIOS DA LUSITÂNIA
- As lágrimas da Luz –
Junto aos rios da Lusitânia
A soluçar nos assentamos,
Lembrando-nos da Catedral.
Nos relvados do meio dela
Nossas botas depositámos
E, àqueles que nos querem mal,
E nos deixaram grão mazela
Que nunca pára de sangrar,
Queremos agora afirmar
Qu´ esta tristeza emocional
É para sempre sentinela.
Dizeis vós que esta balada,
Homenageando a redondela,
Nos há-de trazer de assentada
O brilho de uma nova estrela
Qual saudade reestruturada…
Como será o nosso canto -
Da Catedral velha canção -
Se vós, ó Musas de encanto,
De uma formosura tamanha
Encheis o nosso coração
De lágrimas em Terra estranha.
Jamais poderemos esquecer,
Catedral, tua ancestral glória,
E se na alma força houver
Levar-te-emos à vitória
P´ ra tua fama mais crescer.
Que se nos cole ao céu-da-boca
A rubra língua ténue e rouca
Se esta nossa vontade e sorte
Não demonstrar a toda a gente
Aquela Raça inclemente
Que vencerá a própria morte!
Frassino Machado
In A MUSA DOS ESTÁDIOS