Paraíso perdido

O controle de quem fui perde-se na bruma.

Desvanecendo-se no tempo carmesim.

Doce deleite da lua rubra que colore a prata pele de um anjo caído.

Deixe-me sentir o cheiro das camélias.

Que transbordam o vermelho metálico.

Em meu Éden decadente.

Um canto ressoa na cinzenta noite retumbante.

A solene hora em que a sinfonia dos mortos faz-se ouvir.

Ela vibra em suas tumbas pútridas de ossos calcários.

Eterna prisão onde jazem os indigentes.

Seres perdidos no pó.

De um futuro que nunca existiu.