Mensuras do Amanhã
E com minhas mãos desenho o amanhã,
Com meu pensar para aceitar o futuro.
O hoje tão terno, vazio contentamento.
Mensura minuciosamente quem eu sou.
O destino que se opõe ao meu caminho,
Haja fé que me conforte a andar sozinho.
Contornar o medo que o futuro impõe.
Já estou cansado de respirar este sofrer.
E lembrar-me-ei de minha mocidade,
Os afetos banais levados por temporais.
Quanto faltou que até hoje estou de pé,
Miseráveis dias de um passado de caos.
Mas os rumores que eu sinto na alma...
Estes pesares que o amanhã me faz viver.
O hoje terno não consola meu amanhã,
Sustento com força os segundos do hoje no meu ser.
Victor Cartier