Metamorfoses
Na vida nada se cria, nada se perde, tudo se transforma,
E, em uma mutação constante, vai-se do pó ao pódio,
Com tudo assumindo, a seu momento, uma nova forma,
transformando até mesmo infinito amor em profundo ódio.
E, de tímida crisálida, mudada de lagarta em borboleta,
Ou, então, de insignificante girino em abominável sapo,
Vi a canção de nossas vidas transformada em opereta,
E suas vestes de princesa resumidas a simples trapo.
Assisti, estoico, sua mudança de santa idolatrada em mundana,
E o desmoronar dos mais elevados conceitos em que a tinha,
Ao vê-la como realmente é, fria, calculista, falsa, desumana.
E nada me restou, em meio a metamorfose tamanha,
Nem mesmo o amor próprio, neste corpo que ora definha,
Sofrendo por ter um dia amado, por sucumbido a sua sanha.
Na vida nada se cria, nada se perde, tudo se transforma,
E, em uma mutação constante, vai-se do pó ao pódio,
Com tudo assumindo, a seu momento, uma nova forma,
transformando até mesmo infinito amor em profundo ódio.
E, de tímida crisálida, mudada de lagarta em borboleta,
Ou, então, de insignificante girino em abominável sapo,
Vi a canção de nossas vidas transformada em opereta,
E suas vestes de princesa resumidas a simples trapo.
Assisti, estoico, sua mudança de santa idolatrada em mundana,
E o desmoronar dos mais elevados conceitos em que a tinha,
Ao vê-la como realmente é, fria, calculista, falsa, desumana.
E nada me restou, em meio a metamorfose tamanha,
Nem mesmo o amor próprio, neste corpo que ora definha,
Sofrendo por ter um dia amado, por sucumbido a sua sanha.