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DESENCANTO
 
Docilidade debruçada na janela,
olhar em aquarela pintando o instante.
Das mãos cansadas, rosas ofertadas,
nos lábios meias palavras q’ o vento leva.
 
Um dia, num cais, porto inseguro,
a nau que flutua, sem seguir o norte,
segue a luz que a leva a morte
e, seduzida, naufraga no mar escuro.
 
Chora o céu d’ estrelas inquietas,
fecham-se as cortinas, findou o espetáculo,
dorme eternamente o crepúsculo,
tudo é efêmero, todo ciclo se encerra.
 



JP07052013



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Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 07/05/2013
Código do texto: T4279158
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