Metástase do Amor
Invisisivel sou pra você...um espaço no universo
Um silêncio que encobre a madrugada...sem som
Um vazio...um nada
De todas as cores...a transparência que exala meu cheiro
De todos os sabores o insípto paira em teus lábios...
Sem minhas lembranças...
Sem sabor meus beijos, nada são...nem lembranças
De todos os sons eu sou o que não se ouve...silêncio
E de todos os sentimentos...sou a indiferença dos teus dias
De todos os climas sou como a névoa fina...o frio a geada
Que queima as folhas da esperança durante toda a madrugada
Sem seu corpo para me aquecer...
Sou a triste ilusão...um nada...que te encomoda a alma
Uma fantasia de pierrô no natal...
Uma flôr sem aroma...uma fruta sem sabor
Um dia sem noite...palavras desconexas de um texto
De todos os sentimentos...sou, o escondido em seu peito
O medo...o silêncio que esconde, um segredo...a fuga
O gosto acridoce que percorre em sua boca...a angústia
De saber que ainda me quer
O desejo profundo de ser meu dono...
Finges bem, que nada sou...
Sou o silêncio que oculta nossas doces lembranças...
O universo de seus sonhos perdidos
Um silêncio profano que se pode romper
Num gemido...de dor ou de prazer
A transparência que se torna de repente, em arco íris
O insípido...
Que ao chegar em sua boca se torna inesquecível
O primeiro...
O frio que anseia um calor...meu cheiro...meu amor
Uma fantasia que vestes por toda vida...calado
Me queres...
Talvez mais que ao ar que respiras...me queres
Assim como eu te quero...
Porque foges, ignora...por que temes...
Que o vulcão se acenda em seu peito
E te queime a alma...e nos arranque a calma
Como já queimou também em meu peito...as lembranças
O nosso abraço...que desmonta todo eixo do espaço
E descompensa o coração
O amor único que te fez perder a razão, e esperar...
Por toda a vida...a minha volta...um sinal...
Um acaso do destino
Que eu aguardava a espera...de um pedido
De um simples gemido de dor
Que você escondeu quando parti
Somos o erro...que o nosso medo gerou
Somos o resultado da pergunta que calou
Que ainda ecoa no nosso tempo...calado
Em nosso peito... apertado de saudade
Ainda pulsa o mesmo amor...