Esperar tanto, dói

Sair de casa e chegar aonde

Onde a Doutora deveria estar

Ficar e esperar no tempo que demorar

Mas esperar bastante deu sono

E ainda não teve ninguém na recepção

Ah, isso dói!

Faltou atenção ao atendimento

Quem chegou?

O cansaço e a dor!

Física e mentalmente

A dor insiste, não resiste

A demora continua na sala de espera

Quanto tempo indo embora!

Sem paciência, muito

Muito tempo e nada

Não aparece nem expectativa no tempo

Não dá mais pra esperar tanto

A minha dor dói

Uma dor que não é só minha

Ora, tenha dó!

Não, a médica não faltou, não

Ela apenas não veio

E com ela ficou a falta de ética

Nem aviso há no recinto clínico

Não é um favor para mim

É um retorno médico

A custos, um direito meu

O consultório é caro e chique

No entanto, não é gratuito o meu chilique

Porque o meu suor é muito

E a moléstia não é um bem

Tem na espera, dor, porém

O exame ainda terei que remarcar

Pois não houve satisfação de ninguém

Então já vou embora, porque...

A dor voltou e eu também.

... E assim, aconteceu com Alice Nunes

“Texto escrito em São Luís-MA, dia 08 Abr 2013, por volta das 18:40h, em uma sala de espera de consultório odontológico, no bairro Renascença, ao acompanhar a minha prima.”

George Lemos
Enviado por George Lemos em 30/04/2013
Reeditado em 31/05/2014
Código do texto: T4267568
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