COELHINHOS

Coelhinhos quietinhos, sentados, bobinhos, olhando o passado...

Passado da horta, verde.

Passado da torta, doce.

Passado buraco...Triste!

Coelhinhos sentados,

De olhos vendados,

Sem ver o futuro!

Cavoucam e buscam

Buracos no escuro!

A meta!

A seta acerta!

O furo!

Encaixa e perfura,

Quanto mais rima, fundo!

Quando mais cisma, foge do mundo!

Coelhinhos se foram...

Cada qual segue sua toca.

Um dá meia volta,

Outro se entoca!

Cada coelhinho!

Olhos vermelhinhos, brancos, fofinhos!

Cuidam dos filhinhos!

Fazem beicinhos!

Se lambem!

E movimentam!

Comem rúcula, alface, pimenta!

Pulam cercas!

Acercam-se de outros jardins!

Experimentam cenouras, papoulas,

Gostos e temperos!

Flores rosadas que não murcham!

Raspam suas caminhas com seus dentinhos,

Dormem ao frio agarradinhos!

Um vive a vida tranqüila...

O outro vai ser comido

No restaurante fino da Europa!

Esta é a vida, o destino, de dois lindos coelhinhos branquinhos!

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 26/03/2007
Reeditado em 26/03/2007
Código do texto: T426521
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