Impelido a correr.
Despeço-me em lagrimas agora,
a alma nesse momento fétida,
carregada de mau agouro
impelida por força maior a correr.
Sem nenhum destino ou pausa
em desatino e sem ressalvas,
perambulando em vida
os corredores da morte.
Luz que ao longe brilha
no limiar entre a verdade e a mentira.
Ainda posso ouvir os ecos
dos teus gritos, preenchendo paredes e tetos.
Cessando o pranto e a reluta por andar,
a alma sedenta volta a sonhar
agora acordada, para não voltar a se culpar,
e sem medo, para nunca mais se curvar.