A ESPERA

Olhando através da vidraça...

Meio sem graça, sente o tempo passar,

E a espera a faz relembrar

Das noites de amor a luz do luar!

Desejo contido a lhe torturar...

E a espera do amor que não vem.

Seus lábios sequiosos sedentos dos beijos,

Procuram na imagem os lábios do amante,

Doçura contida que se transforma em fel.

A dor da saudade é a faca cruel

Que vai penetrando aos poucos...

No seu coração tão cheio de amor.

Seus olhos o procuram novamente...

E através da vidraça somente o vazio.

Olhando no espaço a noite é sem brilho,

A luz do luar testemunha do amor...

Ficou encoberta por nuvens esparsas,

Deixando mais triste a desilusão

Da espera daquele que é sua paixão,

E que sem motivo ou por alguma razão,

Deixou-a na espera de uma promessa

De ser um amor verdadeiro e fiel.

Mas foi tão breve... e o que restou...

Foi a ferida aberta em seu coração,

E a alma sentida pela dor da saudade.

There Válio – 21-04-2013