Exoneração do amor


Desconheço as motivações desse desgosto,
Que se dissipa na dianteira das discussões,
É lacônico entender com carinho os gostos,
Nas variações que se apresentam nas ações.

Acalme-se que a chuva inda vem no inverno,
E o grande sol se camufla em cada anoitecer,
Envergando o pensamentos que não é terno,
Se o farol não faísca em mim, não vou sofrer.

Eu não notarei a agonia da longa tentação,
Lealmente, olharei apenas para as estrelas,
No definhado apogeu que faz esta canção,
Ancorando as gemas sem admirar as vielas.

A carta de despedida é a grande surpresa,
Escurece o céu e enevoa todo pensamento,
Desbeiça o coração e faz da tristeza a presa,
No labirinto dos sentimentos como alimento.

Eu nada tenho a dizer, nada para defender,
O cupido partido que não procurou o confim,
Certeiro e traiçoeiro do dia que faz esquecer,
É para mim o recomeço que não haverá fim.



Escrita em 02/05/2003

Vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=C2xel6q0yao

Crédito: Imagens do google

ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 19/04/2013
Reeditado em 19/04/2013
Código do texto: T4249842
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