VIAGEM DE VOLTA

Ruas abertas, retas outras destorcidas

É assim que vejo a cidade por onde ando

Cidade onde deixei um passado

Cidade que um dia disse ser minha

Hoje caminho por ela e já não vejo nada do

que aqui um dia deixei

Ficaram sepultados aqui meus sonhos

minha juventude,meus anseios

a cidade que deixei cresceu e sepultou todos que aqui deixei

A cidade alma doce que respirava ares cheios de oxigênio

Hoje austera sarcasticamente

aspiras mais gás carbônico...

As ruas de pé de moleque ganharam asfalto

a cidade se incendeia, formosa ,pecadora

Suas inocências assim como meus sonhos ficaram sepultadas

Misturaram-se com o pó se perderam no tempo

Tornaste pra mim estranha, como estranha sou pra ti.

Aquela casa onde nasci e cresci... Eu a sabia de cor

Estarrecida vejo que dela nada restou.

Aqui não reconheço mais os meus sonhos

Eles ficaram gravados apenas na memória

E perdidos no tempo nas ruas incertas

Dessa cidade estranha.

Lulm
Enviado por Lulm em 18/04/2013
Reeditado em 14/01/2016
Código do texto: T4247812
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