PROTESTO
Esse mundo de meu Deus
Já não sabe onde parar...
Com tal barbarismo solto
De tanta vergonha envolto
De tanto errante vagar.
Chega de fome, vingança,
De opressão e de matança,
De choros, dores, pesares...
Chega de tanta baixeza,
Chega de tanta crueza,
Reinaram todos os males!
E a beleza do meu verso
Se perdeu no meu protesto
E é vão meu protestar.
Mas se o mundo externo não escuta
O clamor deste meu grito,
O interno há de escutar
E por certo há de mudar
O que nele for incerto.