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OUTONAL
 
Já não moro mais em mim
quem diria
um dia sobrevoar n’outros jardins.
 
É bem fácil colher as flores alheias,
passinhar em ninhos vazios,
beber do que o outro anseia?
 
Não há mais mistérios nos sins
nem nos nãos em céus telúricos?
Há ainda rio de riso marfim?
Será mesmo negro o submundo?
 
Quem diria,
que morreria um dia sem mim
passarinhando por entre folhas
d’um outono que não tem fim.
 


 
 

JP12042013
 
 
Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 14/04/2013
Código do texto: T4241000
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