Quisera...
Quisera colher próxima à janela,
A flor que exala o perfume matinal,
Na minha vontade assim quisera
Tornar-me para sempre um imortal!
Quisera beijar-te a fronte rubra,
Quando vai embora à dor desta espera
Antes que meu amor tu descubra
De paixão morrer todo dia eu quisera!
Quisera bater-te junto da porta,
Como sopro airoso d’uma primavera,
Dizer-te que nada mais importa,
Isto tudo no íntimo também quisera!
Taciturno é aguardar a espera,
De algo que não voltaria nunca mais,
Isto tristemente enfim quisera
Dar para esta alma minha infinita paz!