Spartacus

Na escuridão, nossos sonhos se encontraram
tão foscos... tão toscos...
tão tolos... tão poucos...
tão muitos...
(Em)tão
Nossas falanges se fundiram
numa única mão.
Não foi um par
foi algo Ímpar!
 
Mas a sua história não correspondeu à minha fábula,
Ou minha biografia não correspondeu à sua ficção.
Não demos conta disso
até que em nossa SIMbiose começou a entrar um NÃO,
desfazendo entre os dedos a liga...
 
Transformamos em matemática o que era emoção
E começamos a contar os pecados.
O que era um aperto de mãos,
 agora apenas um aperto
triste
dois indica(dores) o(postos) em riste.
 
De repente voltamos a ser par,
a ser-par-ação.
UM de encontro AO OUTRO.
Nossas falanges se tornaram soldados rivais
gregos e troianos.
Era melhor a inocência da paixão do que certeza dos espertos
Poderíamos tanto ser A legião de Spartacus!
Escravos tão livres de tão gladiadores...
Soldados pela sabe(dor)ia,
o laço e(ternamente) nosso espólio seria,
o carinho nosso soldo,
o amor nosso despojo.
 
Sinto!
 
Crédito da Imagem: Estátua de mármore de Espártaco, por Louis-Ernest Barrias, (1871), jardins do Palácio das Tulherias, (Paris)
Well Coelho
Enviado por Well Coelho em 13/04/2013
Reeditado em 13/04/2013
Código do texto: T4238815
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