Perder-te-ei!

E vais?

Sei muito bem por que sorris

e sei tudo isso, sim...

sem saber de nada.

Olho as tuas pupilas mentirosas

querendo-me seduzir

como se esfomeado me quisessem

para me prender do mundo,

esse teu alvo do luto.

Deixa-me ir também,

mesmo que não habite os teus espaços

nos gozos rançosos de tuas estradas,

essas doces cavernas onde se chegam.

Já que não me levas,

fico com o teu sorriso amargo

negando-me até um abraço,

como se entre os espinhos eu morasse